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Faltam apenas para a Grande Dança das Tribos começar!


Escrito num tampo de botequim

terça-feira, março 06, 2007

Foto: Ediney Santana, fotografado por Heraclia - Fevereiro de 2007



Cruzámo-nos, por um acaso da sede, no Bar Vermelho, lá para as bandas de Santo Amaro, na Bahia. Falava uma língua sua e pelo meio largava palavras. Podia ser quase triste, mas como tinha a poesia, era somente quase alegre.



As flores eram o seu maior temor. Não importava se eram flores naturais ou artificiais. Uma simples gravura de uma desbotada flor qualquer lhe despertava o mais profundo sentimento de tristeza. Todas as noites colocava um velho vinil de Edith Piaf. Ficava ali parado e sem razão, sem desejos e esquecido para o mundo. Quarta-feira de cinzas, sua ruazinha dormia o silêncio da alegria, o carnaval foi-se na balada melancólica dos seus olhos aflitos. Naquela cinzenta tarde algo aconteceu. Ligou para a floricultura e pediu todas as flores amarelas. As flores amarelas eram as que mais o apavoravam. Flores em casa, lágrimas, calafrios, tremores. Amanheceu, corpo nu, e ao redor: flores na boca. Nas mãos cerradas: flores. Havia uma paz na cidade. Piaf: morta...Rua calma, arco-íris... Ao longe uma criança canta:


«O anel que tu me deste
era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.»

Ediney Santana - A Vida Reinventada e Outras Histórias


Agora, além dos livros e do copo entre o vazio e o cheio, também tem um blog: AQUI


posted by Margarida C. on 9:03 da manhã

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