Conexão Lisboa-Manaus

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Numa esquina de Lisboa, no trânsito matinal das avenidas novas, uma moça sorridente de cap e t-shirt encarnada, aproxima-se do meu carro. Desço o vidro da janela. Estende-me um jornal e um «bom dia!» que, apesar de mecanizado, me sabe bem, nesta parte da cidade onde já ninguém se saúda nem cumprimenta, de manhã. Aceito o jornal. Agradeço a gentileza e sorrio de volta. Volto a subir o vidro do carro e subo a chauffage para repor os valores do clima tropical que sempre recrio no interior. O placard junto ao semáforo regista 9 graus de temperatura. Ocorre-me que se estivesse no lugar da moça já teria virado pinguim. Louvo-lhe ainda mais o sorriso, mesmo que artificialmente incutido, na hora de me estender as primeiras notícias do dia. Seguro o jornal diante dos olhos. Observo a capa e passo-a instintivamente em revista.
É, então, verdade!... Confirma-se: está na rua a segunda e última edição de balanço de 2006.

Excelente! Já se pode, finalmente, começar a trabalhar.