About me: Margarida C. Lisboa/Manaus Repórter Quote: 'se deus quiser / um dia eu quero ser índio / viver pelado / pintado de verde / num eterno domingo' Minha Amazónia photos by Margarida C. © 2006 Minha Biografia photos by Margarida C. © 2006 sobre fotos de G. Cortes Ajude a Preservar a Amazónia! My Song: play / off |
Conexão Lisboa-Manaus
Faltam apenas para a Grande Dança das Tribos começar! Eu amo Manaussexta-feira, janeiro 12, 2007No início do período republicano no Brasil algumas províncias prosperavam economicamente. O Amazonas, especificamente a capital, era uma delas. Em pleno ciclo da borracha, ostentava luxo, riqueza e frenesim. Quando Manaus deixou de ser interessante na comercialização da borracha, e a economia se voltou para outros centros de produção mais próximos ao continente europeu, a cidade foi resvalando para o esquecimento. Menos movimento e menos gente foram atraindo cada vez menos vida, e afastando abruptamente a "Paris da Selva" do dinâmico circuito das transacções económicas e culturais, onde se tornara ponto de passagem obrigatório porque fervilhante. Com a retirada dos grandes fazendeiros e das suas famílias, Manaus foi vendo também partir as elites culturais que igualmente lhe animavam as noites de festa, salão e boémia. Até mesmo as grandes companhias de ópera não mais se interessavam pelo palco do exuberante Teatro Amazonas, outrora meta de sonho e ambição, medida justa de notoriedade e prestígio, a coroar de fama e glória os protagonistas que o pisassem. A partir desse momento, a cidade entregava-se à sua condição real de pobreza, até porque não dispunha de braços para explorar as riquezas naturais que possuia: a sua agricultura era quase nula e o comércio tornou-se insignificante. Manaus viu-se reduzida a uma capital provincial longe das decisões da Corte Imperial portuguesa, foi, portanto, esquecida nos confins e, além de passar a "morar longe", tornou-se "pobre" e "feia". (...) Num livro, que resulta da sua dissertação de mestrado, Otoni Mesquita resgata a memória manauense através da observação e análise das obras públicas e prédios históricos, com base na investigação minuciosa que levou a cabo pela paisagem urbana de Manaus. No primeiro capítulo, o autor conta a origem e fala do desenvolvimento da cidade. Através dos outros seis capítulos, assente nos olhares dos viajantes sobre a província que chegou a chamar-se Vila da Barra do Rio Negro, Otoni, reconstrói a "biografia" de Manaus, desde a ascensão da borracha - durante os séculos XVII e XVIII e a primeira metade do século XIX - até ao seu abandono e queda, no início do século XX. Livro: Manaus – História e Arquitetura (1852-1910) Autor: Otoni Mesquita Editora: Valer Eedição: 3ª - 361 Páginas Preço: R$ 55 posted by Margarida C. on 10:23 da manhã
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