About me: Margarida C. Lisboa/Manaus Repórter Quote: 'se deus quiser / um dia eu quero ser índio / viver pelado / pintado de verde / num eterno domingo' Minha Amazónia photos by Margarida C. © 2006 Minha Biografia photos by Margarida C. © 2006 sobre fotos de G. Cortes Ajude a Preservar a Amazónia! My Song: play / off |
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Faltam apenas para a Grande Dança das Tribos começar! Camu-camu ou araçá d'águasegunda-feira, janeiro 29, 2007Este fim-de-semana, aqui em casa, eclodiu uma febre voraz por citrinos. Na volta do mercadinho do bairro, vinhamos comentando o preço astronómico que um quilo de laranjas e limões atingem em Lisboa, para já não falar nos cerca de 6 euros que custa uma rede com meia dúzia de limas. Debaixo da escama gelada da tarde de Janeiro, vem-me à ideia a exuberância farta dos arbustos de camu-camu, nos beirados dos rios e igapós da Grande Floresta Verde. Quando vejo, já me desinteressei dos citrinos europeus, tão pobres e tão caros, em comparação com a riqueza de propriedades e suculências que crescem livres e à mercê, do outro lado do Atlântico. E talvez se perguntem agora, como também me perguntaram no fim-de-semana, que fruto é esse e que aparência tem. O camu camu é nativo e cresce selvagem nas regiões ribeirinhas inundáveis, do rio da Amazónia Ocidental. Brotam bojudos e sumarentos de uma planta arbustiva e perene, que pode atingir os 4 m de altura, justamente durante a época das cheias. Dizem os caboclos que é como se a enxurrada das águas vivas os inchassem e fizessem florescer. A primeira vez que vi e provei um camu-camu, tive a impressão de ser uma jabuticaba, tanto pelo paladar, como pela cor que ia do vermelho escuro ao roxo. Mas não era!... Eu deveria saber da diversidade de frutos que a Grande Floresta oferece, sim. Deveria por ouvir falar, por ler nos livros e ver nos documentários da TV. Acontece que, nessa época, eu ainda não me tinha confrontado na prática com tamanha multiplicidade e fiz o que qualquer estrangeiro faz: procurei semelhanças e afinidade,na tentativa de inventariar mentalmente as torrentes empíricas de conhecimentos que a cada passo me assaltavam. Do fruto guardo a espessura das suas propriedades vitamínicas na ponta da língua, logo pela manhã, forma exímia de fortalecer o organismo europeu, tão permeável a gripes e constipações que as incuba e dissemina sem sequer se dar conta que as transporta dentro. Á parte da flor branca que rebenta do camu-camu, retive na memória o quantitativo das características do fruto. O camu-camu contém vitamina C natural em concentração 20 vezes maior que a acerola e 100 vezes maior que o limão, podendo conter 5 gr a cada 100 gr da fruta ou 50.000 p.p.m (partes por milhão). Comparado com a laranja, possui ainda 10 vezes mais ferro e 50% mais fósforo. Não é impressionante, Pessoas?! Tenho ou não tenho razão, quando olho para o preço de meia dúzia de limas, e me sinto horrorizada ao reparar que custam 6 euros...?! E eis que me ponho a fazer contas...: se o custo fosse proporcional às características, imaginem o que seria se houvesse camu-camu à venda nos mercadinhos de Lisboa!... Cada quilo custaria, pelo menos, 100 vezes mais que os 6 euros que acabaram de nos pedir pelas limas!.... Pessoas!... Eu já sabia que tinha experimentado um tesouro, mas nunca me tinha ocorrido que já provei um fruto com suco pesado a oiro. Mais algumas informações sobre o camu-camu, também conhecido por araçá d’água, em algumas regiões da América do Sul, com a devida vénia à Estação Experimental Santa Luzia (*):
Em resumo, eis alguns dos benefícios do consumo diário do fruto camu-camu, para o organismo humano: 1)- fortalece o sistema imunológico; 2)- promove a vitalidade das pessoas com deficiências orgânicas; 3)- Fortalece o sistema nervoso; 4)- Apóia a formação de células brancas do sangue; 5)- promove a desintoxicação do corpo e em especial do fígado; 6)- estimula o sistema cardíaco, circulatório e respiratório. (*) A Estação Experimental Santa Luzia iniciou experiências de adaptação e cultivo do camu-camu no Estado de São Paulo em 2.001, obtendo resultados deveras estimulantes. Por ser a fruta que contem o maior índice de acido ascórbico (vitamina C) conhecida no planeta, vem despertando interesse internacional das industrias de bebidas, farmacêuticas e cosmeceuticas. Também o INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia, através do cientista e pesquisador, Prof. Dr. Kaoru Yuyama, na área agrónoma, e da cientista e pesquisadora, Prof. Dra. Lucia Yuyama, na área nutricional, vem realizando pesquisas desde 1.993. posted by Margarida C. on 2:27 da tarde
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