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Faltam apenas para a Grande Dança das Tribos começar!


Camu-camu ou araçá d'água

segunda-feira, janeiro 29, 2007
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Este fim-de-semana, aqui em casa, eclodiu uma febre voraz por citrinos. Na volta do mercadinho do bairro, vinhamos comentando o preço astronómico que um quilo de laranjas e limões atingem em Lisboa, para já não falar nos cerca de 6 euros que custa uma rede com meia dúzia de limas. Debaixo da escama gelada da tarde de Janeiro, vem-me à ideia a exuberância farta dos arbustos de camu-camu, nos beirados dos rios e igapós da Grande Floresta Verde. Quando vejo, já me desinteressei dos citrinos europeus, tão pobres e tão caros, em comparação com a riqueza de propriedades e suculências que crescem livres e à mercê, do outro lado do Atlântico.

E talvez se perguntem agora, como também me perguntaram no fim-de-semana, que fruto é esse e que aparência tem.

O camu camu é nativo e cresce selvagem nas regiões ribeirinhas inundáveis, do rio da Amazónia Ocidental. Brotam bojudos e sumarentos de uma planta arbustiva e perene, que pode atingir os 4 m de altura, justamente durante a época das cheias. Dizem os caboclos que é como se a enxurrada das águas vivas os inchassem e fizessem florescer. A primeira vez que vi e provei um camu-camu, tive a impressão de ser uma jabuticaba, tanto pelo paladar, como pela cor que ia do vermelho escuro ao roxo. Mas não era!... Eu deveria saber da diversidade de frutos que a Grande Floresta oferece, sim. Deveria por ouvir falar, por ler nos livros e ver nos documentários da TV. Acontece que, nessa época, eu ainda não me tinha confrontado na prática com tamanha multiplicidade e fiz o que qualquer estrangeiro faz: procurei semelhanças e afinidade,na tentativa de inventariar mentalmente as torrentes empíricas de conhecimentos que a cada passo me assaltavam.

Do fruto guardo a espessura das suas propriedades vitamínicas na ponta da língua, logo pela manhã, forma exímia de fortalecer o organismo europeu, tão permeável a gripes e constipações que as incuba e dissemina sem sequer se dar conta que as transporta dentro.

Á parte da flor branca que rebenta do camu-camu, retive na memória o quantitativo das características do fruto. O camu-camu contém vitamina C natural em concentração 20 vezes maior que a acerola e 100 vezes maior que o limão, podendo conter 5 gr a cada 100 gr da fruta ou 50.000 p.p.m (partes por milhão). Comparado com a laranja, possui ainda 10 vezes mais ferro e 50% mais fósforo.

Não é impressionante, Pessoas?! Tenho ou não tenho razão, quando olho para o preço de meia dúzia de limas, e me sinto horrorizada ao reparar que custam 6 euros...?! E eis que me ponho a fazer contas...: se o custo fosse proporcional às características, imaginem o que seria se houvesse camu-camu à venda nos mercadinhos de Lisboa!... Cada quilo custaria, pelo menos, 100 vezes mais que os 6 euros que acabaram de nos pedir pelas limas!....
Pessoas!... Eu já sabia que tinha experimentado um tesouro, mas nunca me tinha ocorrido que já provei um fruto com suco pesado a oiro.


Mais algumas informações sobre o camu-camu, também conhecido por araçá d’água, em algumas regiões da América do Sul, com a devida vénia à Estação Experimental Santa Luzia (*):

De sabor bastante acido para o consumo humano “in natura“, porém com aroma
e sabor agradável, tem forte vocação para industrialização uma vez que possibilita uma infinidade de produtos alternativos e de forte valor agregado.
Planta que exige solo muito úmido, suporta permanecer submersa por até 6 meses em seu habitat natural. Sua reprodução é feita através de sementes que tem pouca durabilidade para germinação recalcitrando em até 45 dias.
A germinação de suas sementes se faz em condições especiais e específicas. Esta planta inicia produção de frutos em 18 a 24 meses a partir da germinação das sementes.
Bastante rústica e de fácil manejo requer solo com muita matéria orgânica, alta humidade e PH ácido à neutro. Por conter um alto teor de acido ascórbico e ácido cítrico o camu camu é um poderoso anti-oxidante e coadjuvante na eliminação de radicais livres proporcionando retardamento no envelhecimento.Pesquisas recentes realizadas por médicos norte americanos constataram que a ingestão diária de 1 grama de camu camu liofilizado em pó e em jejum, em até 2 horas elimina todos os sintomas de depressão, ansiedade e alterações de humor.





Em resumo, eis alguns dos benefícios do consumo diário do fruto camu-camu, para o organismo humano:

1)- fortalece o sistema imunológico;
2)- promove a vitalidade das pessoas com deficiências orgânicas;
3)- Fortalece o sistema nervoso;
4)- Apóia a formação de células brancas do sangue;
5)- promove a desintoxicação do corpo e em especial do fígado;
6)- estimula o sistema cardíaco, circulatório e respiratório.





(*) A Estação Experimental Santa Luzia iniciou experiências de adaptação e cultivo do camu-camu no Estado de São Paulo em 2.001, obtendo resultados deveras estimulantes.
Por ser a fruta que contem o maior índice de acido ascórbico (vitamina C) conhecida no planeta, vem despertando interesse internacional das industrias de bebidas, farmacêuticas e cosmeceuticas.
Também o INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia, através do cientista e pesquisador, Prof. Dr. Kaoru Yuyama, na área agrónoma, e da cientista e pesquisadora, Prof. Dra. Lucia Yuyama, na área nutricional, vem realizando pesquisas desde 1.993.

posted by Margarida C. on 2:27 da tarde

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