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Faltam apenas para a Grande Dança das Tribos começar!


Algumas notas sobre a 'Raiva'

sábado, janeiro 13, 2007
Não há nada de errado em sentir raiva em determinadas situações. O erro estaria em não sentir nada. A raiva nem sequer é o oposto do amor. O oposto do amor é a indiferença. Diante da injustiça, do desrespeito, da maldade, do descaso, o que se espera é a raiva. Se alguém, propositadamente, o ofender, você sentirá raiva, ou não será uma pessoa normal.

(...)

É bastante conhecido o instinto que o ser humano tem de preservar sua vida – o instinto de sobrevivência. O que muita gente não sabe é que a sobrevivência em questão nem sempre é física, pode ser emocional. Na sociedade moderna, organizada, com estruturas de proteção, é mais difícil que alguém sinta sua vida física em perigo, mas é cada vez mais comum que perceba o risco de agressão às suas emoções, sentimentos e valores – a vida emocional.

(...)

Nosso aparelho psíquico primitivo não estabelece, a princípio, diferenças entre perigos físicos e emocionais. É melhor reagir e pensar depois – esse é o condicionamento dos tempos duros da história do homem. Como nosso processo de adaptação é lento, ainda ficamos raivosos com facilidade, mesmo vivendo em uma sociedade relativamente segura. A raiva me protege, e pronto.
A raiva é uma manifestação de energia produzida diante da adversidade, ou da contrariedade, que deverá ser transformada em ação vigorosa imediatamente após a avaliação emocional que o cérebro fará. É quando entram em ação os outros sentimentos e, claro, a força da razão. Usar a raiva para responder com indignação a uma injustiça ajuda a colocar ordem no caos provocado pela prepotência de alguém. A submissão perpetua as ditaduras, sejam políticas, sejam organizacionais ou familiares

(...)

Aristóteles, em carta para seu filho Nicômaco, escreveu: “Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora acerta, pelo motivo certo e da maneira certa – isso é difícil!”.

(...)

Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional, explica que temos, na parte mais primitiva de nosso cérebro, um órgão chamado amígdala. Sua função seria a de desencadear respostas aos estímulos ambientais originados de causas ameaçadoras. É a amígdala a primeira a perceber uma cobra, por exemplo. E, antes mesmo de informar o córtex, a parte racional do sistema nervoso, a amígdala já disparou um estímulo aos músculos das pernas que reagem afastando-nos do animal mortal. Só que a amígdala é burra. Não sabe diferenciar uma cobra de um pedaço de corda no chão. Reagir é sua função, não interpretar. Quem interpreta é a razão, que é mais lenta.
As cobras do dia-a-dia não são animais, são os humanos. E às vezes temos dificuldade de fazer as devidas interpretações, separando os peçonhentos dos inofensivos. sentimos raiva, a priori, de tudo o que não coincide integralmente com nossos valores e nossas expectativas. Só depois paramos para examinar mais de perto e entender as razões do outro. A inteligência emocional se manifesta nesse intervalo de tempo. E é o tempo necessário para produzir um desastre ou construir uma relação de colaboração mútua.

(...)

Diante de uma injúria, sinta raiva, ou você será um banana. Mas jamais responda com uma reação igual e equivalente, em sentido contrário. Use a raiva como uma energia positiva capaz de construir, jamais destruir. Quem provoca raiva não é o principal prejudicado por ela, e sim quem a sente. Nesse sentido, deixar-se dominar pela raiva é um ato de desinteligência. A inteligência tem cadeira cativa na sala de operações que responde ignorância com sabedoria, mau humor com sorriso, agressão com compreensão e ingratidão com oportunidade. E não há, nessa postura filosófica, ausência de raiva.

(...)

Ninguém, ninguém mesmo, tem o poder de irritar você. O que acontece é que você se irrita – repito, você se irrita – por causa de outra pessoa. E isso acontece por dois motivos: porque a pessoa tem, de fato, elementos com potencial irritante; e porque você se permitiu ser afetado por esses elementos. Se houver apenas um desses dois motivos, não haverá irritação. É como a urtiga. Para irritar sua pele, você precisa tocar nela. Se você se mantiver afastado, não há perigo. Podemos fazer exatamente o mesmo com as pessoas urticantes. Manter distância. Se não física, pelo menos emocional.



por Eugenio Mussak

posted by Margarida C. on 8:35 da tarde

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